Irreverente, emblemática, sensual, personalíssima — essas são algumas das marcas da obra de Alex Flemming.

Com DNA brasileiro, o artista, que reside em Berlim desde o final dos 80, associa uma apurada técnica à excelência de um projeto vinculado ora às questões urbanas, à territorialidade e à cartografia, ora às questões da figuração humana e à sua inserção no cotidiano do mundo contemporâneo. Assim, fundamenta as raízes de uma produção contínua e consistente, de poderoso calibre estético e conceitual.

Nesta mostra, apresentamos sua expressiva obra Catedral de Brasília e a série Apocalipse.

A primeira é uma fotografia unikat, realizada com câmera Leica e com intervenção de cor e elementos gráficos. Em um fragmento da realidade urbana, Flemming se apropria da tradição ancestral do preparo do alimento.

Entre o surgimento de um novo mundo e o desaparecimento das velhas estruturas, existe o apocalipse, termo que significa revelação. Possíveis catástrofes contemporâneas explodem, em cores, grandes ícones do cenário arquitetônico mundial.

Em fina sintonia com seu tempo, Flemming contribui com sua obra para escrever uma parcela representativa da história das artes visuais no cenário internacional.